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2018-08-03

Cultivando egrégoras

O logotipo é uma referência explícita ao
ideal de cultivar egrégoras (maṇḍalas).
I. Os desafios da viagem de retorno

Após o meu retorno ao Brasil, logo me dei conta de que deveria colocar em prática os resultados teóricos obtidos durante a pesquisa de tese desenvolvida na McMaster University (2001-7). Decidi, então, estruturar o site “A Corrente da Borboleta” (2007), para servir de base ao desenvolvimento de grupos de estudos sobre a arte e a ciência da meditação segundo a Bhagavad Gītā. Iniciei um primeiro grupo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (2008), no Largo São Francisco, depois outro no programa PACEM da UFRJ (2009 - 2010), na Praia Vermelha e, finalmente, um terceiro grupo em nosso próprio apartamento (2010 até o presente). Foi assim que terminamos por hospedar aqui em casa em 2012, de três a cinco de fevereiro, o evento com Francisco Barreto e outros membros da Grande Síntese para discutir o processo de gestação de uma futura Universidade do Coração. O site “A Corrente da Borboleta” foi, então, doado para a instituição e reestruturado para atender aos interesses da nascente Universidade do Coração (veja aqui).

2017-01-08

Sorriso Interior: a Bhagavad Gītā e os germens da transcendência


Tamas evoca a rigidez, a limitação perceptiva, a ignorância e a fixação em formas densas.
Rajas é mais dinâmico, maleável, mas ainda preso ao plano das aparências e das reações emocionais.
Sattva aparece não como uma projeção, mas como a reconciliação tridimensional entre os dois extremos.
A verdade (sattva) é compreendida não por exclusão dos opostos, mas por integração:
a śāttvika jñāna é a única que reconhece a totalidade (BhG 18.20).
Os guṇas, como modos de percepção da realidade, traduzem com suavidade
o contraste entre avidyā (ignorância) e prajñā (sabedoria integrativa).

Comecei a refletir sobre a transcendência (nirvāṇa) da realidade dual (saṃsāra) a partir da minha primeira publicação, Síndrome do Pânico: Aprendendo com a pedagogia da dor (Ed. Litteris: 1998). Esta pequena novela deveria se chamar Sorriso Interior, em homenagem ao poeta simbolista Cruz e Souza, mas, por pressão da editora, saiu com um título que contemplava os temas da moda. Embora o texto não tenha valor literário, ainda o prezo por mapear parte da minha jornada espiritual.

O livro reflete sobre as manifestações concretas da síndrome do pânico, exemplificando aquilo que concluí ser a Lei Universal da transcendência: o contrário do amor não é o ódio, mas a sua ausência — e o principal sintoma dessa ausência é o medo. O medo, invariavelmente, denuncia uma forma de ausência de amor. A via da transcendência estaria, assim, contida no amor mais elevado, que não conhece oposto e brota do  altruísmo biológico, que habita todos nós (como ilustra este nosso vídeo).