Há exatos cinco anos esta reflexão canônica tinha início, com o artigo "
A Meditação do Coração segundo a Bhagavad Gītā", celebrando o Dia do Mestre, este interpretado, principalmente, em seu sentido mais profundo de Ācārya, mentor, ou guru espiritual, cuja missão de vida pode ser resumida na máxima: "
Eu não vim para te ensinar, eu vim amar. O amor te ensinará". É exatamente este o espírito de todo o compêndio, que reflete
sobre a educação maiêutica (oposta às atuais tecnologias da deseducação) e busca fundamentar a arte e a ciência da meditação, em conformidade com os ideais sintrópicos da nascente Universidade do Coração, da qual somos colaboradores.
Quando chegamos ao Rio, em janeiro de 1991, Cássia e eu ainda não sabíamos exatamente porque estávamos vindo para cá e não para São Paulo, de onde partíramos para nos juntar ao projeto pioneiro desenvolvido por Francisco Barreto, em Sergipe, fundado em práxis que, hoje, definimos como sintrópica. Não sabíamos, até então, que iríamos colaborar para plantar, no Rio de Janeiro, as sementes daquela cultura sintrópica, desenvolvida em torno das práticas de meditação do coração e dos ideais da espiritualidade laica e pura da Universidade do Coração. Se há uma palavra que abranja e resuma o segredo deste processo de germinação daquela práxis, esta palavra é "sintropia". As linhas que se seguem, portanto, pretendem sintetizar a disciplina pessoal e sintrópica, aprimorada ao longo dos anos, com vistas a nos aproximar da nossa meta.