A práxis sintrópica e o sentimento de amor universal
O tema da vivência conduzida hoje (08.07.17) na sede da Grande Síntese, por Francisco Barreto, mentor da Universidade do Coração, foi a amorização universal, designada, tecnicamente, como "bhāvana namaḥ". Em poucas palavras, bhāvana namaḥ pode ser entendida como a disciplina fundada na escuta e na rendição ao Ser. A rendição (namaḥ) ao sentimento (śraddhā) provocado pela escuta do Ser (bhāvana) nos conduz à realização espiritual.
A vivência representou uma oportunidade para que todos os presentes pudessem experimentar desta práxis que nos convida ao exercício de superação dos valores da pós-modernidade e de rendição ao sentimento de amor universal, com o firme compromisso de estabelecer o jejum de pensamentos, palavras, alimentos dos sentidos e de tudo o que possa distrair a nossa atenção do processo de convergência sintrópica para a meta única a ser alcançada por todos os seres, que é a comunhão com o Absoluto (Brahma-sāmīpya) .
Francisco tratou, em síntese, da arte de viver, na práxis, em meditação no coração. Assim como da semente cresce uma árvore, e da árvore flores e frutos, assim os sentimentos sintrópicos que governam a atividade humana conduzem também à experiência do estado (bhāva) de unidade. Tal experiência estética (rasa) se dá quando se está emocionalmente enlevado pelo sentimento de universalidade (sāmānya), pois os estados (bhāva) emocionais procedem daquilo que é congênere ao coração, a fonte da consciência sintrópica e, consequentemente, de toda a experiência estética (rasa), cujo fogo alcança os três mundos (triloka), ou seja, o céu, a terra e os mundos inferiores.
O misterioso elo de ligação entre os conceitos de Bhāvana (escuta do Ser) e Śuddha Dhyāna (meditação sintrópica)
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08.07.17. Francisco Barreto na vivência Amorização Universal |
Comungar com o Corpo de Cristo significa experimentar da sua consciência sintrópica, ou seja, do sentimento de amor universal, expresso na práxis. Significa o esforço dialético e, por vezes, desconfortável de casar os contrários e promover o respeito à diversidade cultural, ancorado no na percepção de que todos os seres viventes integram um sistema único de vida. E é por isto que se diz na literatura sagrada, em suma, que o bhāvana (a experiência do amor que destrói a ilusão da dualidade) é a base da meditação pura e sintrópica (Śuddha Dhyāna).
Dois exemplos de como cultivar o Bhāvana em nossas vidas:
1. Os óculos do Bhāvana: aprendendo a olhar para o mundo com os olhos do coração
(Vídeo produzido pela Fellowship Bible Church, Arkansas, 2005)
2. O benefício biológico de praticar o bem
(Vídeo compartilhado no WhatsApp sobre como a ocitocina está relacionada com o altruísmo)
Rio de Janeiro, 08 .07.17.
(Atualizado em 02.07.24)
(Atualizado em 02.07.24)
As orações são de grande profundidade. Maravilhoso
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