2017-08-12

Bhāvana Namaḥ: um projeto de meditação para todos

“Há dois pássaros, dois bons amigos, que habitam a mesma árvore do Ser. Um se alimenta dos frutos desta árvore; o outro apenas observa em silêncio.” (Ṛigveda 1.164.20)
“Há dois pássaros, dois bons amigos, que habitam a mesma árvore do Ser.
Um se alimenta dos frutos desta árvore; o outro apenas observa em silêncio.”
(Ṛigveda 1.164.20)
A proposta do Bhāvana Namaḥ -- projeto de meditação para todos é auxiliar no desenvolvimento das pessoas interessadas na cultura sintrópica e na arte e ciência da meditação. Não há consenso, nem é simples definir de forma abrangente o que é a meditação (veja aqui um pouco da sua origem, história e uma lista de vídeos e pequenos artigos online com os pontos de vista de distintas escolas) Meditar, em essência, significa aquietar o pensamento, testemunhar o ritmo da respiração e fazer o coração vibrar (śraddhā) na frequência do amor puro da energia cósmica de onde surgiu o universo e que nos unifica à nossa transcendente origem. O amor é a lei universal e a base da meditação. O amor e a compaixão acalmam e regulam, naturalmente, a nossa respiração. Representam a verdadeira "técnica" de respiração das práticas de meditação. As técnicas de respiração, simplesmente, são de pouca ajuda, se não estiverem associadas à consciência sintrópica, fonte do sentimento de amor e compaixão.

O primeiro passo para a materialização do projeto de meditação Bhāvana Namaḥ foi dado em 16 de agosto de 2017, quando, por iniciativa do PsIQ/UFRJ, a ideia foi apresentada ao Instituto de Química da UFRJ. Alguns meses depois ele seria introduzido oficialmente na UFRJ, como disciplina eletiva oferecida pelo Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN).

Como regra áurea dos trabalhos dos nossos grupos de meditação, vale a máxima da filosofia e cultura sintrópicas de que as pessoas do grupo que consideramos boas, ou nossas amigas, merecem o nosso amor; as outras, contudo, tem que ser vistas como as que necessitam do nosso amorBhāvana Namaḥ significa render-se (Namaḥ) ao sentimento sintrópico (Bhāvana), cultivado  em meditação, de amor universal e compaixão por todos os seres. Daí a importância do Sangha (comunidade), uma das três joias do budismo, dos Ashrams, comuns no hinduísmo, e dos Núcleos de Estudos, cujas práticas coletivas, por serem inclusivas e celebrarem o acolhimento e a diversidade, motivam e fortalecem os seus membros. Embora a meditação seja, por excelência, uma atividade individual, temos que ter em conta que as práticas realizadas de forma coletiva atendem melhor os iniciantes e aqueles com dificuldades para encontrar tempo e motivação para a meditação individual. Com o tempo, vamos adquirindo a compreensão de que a meditação tem que se dar o dia todo, o tempo todo, tendo em mente que toda jornada, por mais longa que seja, sempre começa com um simples primeiro passo, conforme nos lembra a ancestral sabedoria do oriente, ilustrada nos vídeos abaixo.




A Arte e a Ciência da Meditação: Seis Grandes Metáforas


Dialogos Realitas: curso de Rubens Turci



Meditação Minuto



Ciência, Filosofia, Cultura Sintrópica e Meditação: um pouco da história pessoal

Bhāvana Namaḥ: Surge o Projeto de Meditação Corporativa do Núcleo de Estudos do Coração da Terra
Ciência, Filosofia, Cultura Sintrópica e Meditação
RUBENS TURCI atua nas interfaces entre a Ciência, Filosofia, Cultura Sintrópica, Ambiente Corporativo, Meio Ambiente, Meditação e o Sagrado. Pós-Doutorado em Cultura da Índia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2009-11). PhD em Social Sciences / Religious Studies pela McMaster University (2001-07), com diploma revalidado como Doutor em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ (2009), onde obteve o Mestrado (1998-00), o Bacharelado e a Licenciatura em Filosofia (1992-97). Graduado em Engenharia Química pelo Instituto Mauá de Tecnologia (1976-81). Desde 2013 é membro do Conselho Acadêmico do Programa de Estudos Indianos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Pesquisador Associado do Núcleo de Estudos em Religiões e Filosofias da Índia (NERFI) do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (2012-15), Membro do Grupo de Pesquisa em Religiões e Filosofias da Índia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (2010-15), Pesquisador Associado do Laboratório de Gestão da Comunicação e da Cultura das Organizações da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ (2008-11) e Pesquisador Associado do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da Escola de Comunicação da UFRJ (2006-07). Tem experiência no ambiente empresarial (Rhodia, CEBRACE e Monsanto) e acadêmico, nas áreas de ensino (McMaster University, Universidade Tiradentes), pesquisa (NERFi/UFJF) e extensão (FACC-UFRJ). Professor voluntário do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da UFRJ (2019-22).

Dedica-se, atualmente, ao desenvolvimento do CORAÇÃO DA TERRA – Instituto de Educação e Cultura Sintrópica, que tem por objetivos (1) adaptar à sociedade os resultados acadêmicos desenvolvidos em torno da Cultura Sintrópica e da Ciência da Meditação, originadas no subcontinente indiano, particularmente na literatura do seu período épico, representado pelo Mahābhārata e a Bhagavad-Gītā e (2) oferecer serviços de mentoria e dos meios para o desenvolvimento da consciência sintrópica. Como filósofo da práxis sintrópica e engenheiro idealizou o programa Aladdin, que oferece soluções de gestão em consonância com a necessidade das empresas de fazerem frente à agenda ESG (Environmental, Social and Governance), estabelecida a partir de 2004. Concebeu e desenvolveu uma nova linha de pesquisa, fundamentada na ciência, filosofia, cultura sintrópica e meditação. Como um primeiro resultado desta pesquisa sobre a fundamentação da filosofia da práxis sintrópica, a partir do conceito de śraddhā, elaborado na Bhagavad-Gītā, concebeu e implementou a disciplina, “CMT 014 - Oficina de Estudos: A Arte e a Ciência da Meditação”, oferecida desde março de 2019 no CCMN da UFRJ. Pratica meditação desde 1974, tendo sido orientado diretamente por Sri Vajera, um dos pioneiros do movimento espiritualista e introdutor, nos idos de 1920, das práticas de meditação por toda a América Latina, inclusive o Brasil.

Interesses:
Filosofia e Cultura Sintrópica, Ciência e Espiritualidade, Meditação, Consciência, Sagrado, Vegetarianismo, Ecologia, Meio Ambiente, Ambiente Corporativo, Śuddha Yoga e Mahābhārata.

Rio de Janeiro, 12.08.17.
(Atualizado em 03.02.24)

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