No dia 25 de dezembro, em grande parte do mundo, é celebrado o nascimento de Jesus, filho de Maria, venerada como a Mãe de Deus, e José. Esse casal judeu, ao acolher a Boa Nova, simboliza a profunda conexão entre o Judaísmo e o Cristianismo, representando a união entre o humano e o divino, a tradição que acolhe o novo e honra o passado, abrindo caminho para o florescimento do futuro. Maria e José, em seu matrimônio, ensinam sobre a centralidade da maternidade e a verdadeira paternidade, que cuida e ama, independentemente dos laços biológicos. A figura materna, representada por Maria, é o berço do amor incondicional, a fonte da vida que nutre e acolhe. José, por sua vez, personifica o pai que protege, guia e ampara, demonstrando que a paternidade se manifesta na doação e no cuidado.
Mas o que significa, de fato, celebrar o Natal do Coração? É transcender os rituais e dogmas, conectar-se com a essência do amor e da compaixão que Jesus encarnou, reconhecer a centelha divina presente em cada ser humano, independentemente de sua crença ou tradição. É vivenciar o Natal como um estado de espírito, um chamado à união e à fraternidade.
O Hanukkah, que celebra a vitória da luz sobre a escuridão, ilumina o caminho para o Natal do Coração. Assim como os Macabeus lutaram pela liberdade religiosa, Jesus, com sua mensagem de amor e inclusão, rompeu barreiras e acolheu a todos como irmãos. Ele honrou a Torá, cumprindo a Lei em sua essência, e expandiu seus ensinamentos para além das fronteiras do dogma, convidando-nos a buscar a luz interior que nos une ao Divino.
Trilhar o caminho do amor, como nos ensinou Jesus, requer coragem e desapego. Sua espiritualidade radical transcende os limites dos templos e convida-nos a encontrar o sagrado em cada gesto de compaixão, em cada ato de amor. Jesus, revelou que o amor incondicional é o caminho para a união com o Pai.
"Eu e o Pai somos Um": este mantra expressa a unidade essencial que a espiritualidade sintrópica, objeto do nosso livro-blog, busca alcançar. A separatividade é uma ilusão que nos aprisiona no ego, impedindo a experiência da plenitude do amor e da paz. Que o Natal do Coração nos inspire a romper as correntes da ilusão e reconhecer a família humana em sua totalidade.
O Natal do Coração se manifesta quando nos unimos aos nossos ideais mais elevados e cultivamos o amor e a compaixão. É a partir dessa celebração interior que a paz se irradia, envolvendo a família, a comunidade e o mundo.
Que o espírito do Natal e a luz do Hanukkah nos inspirem a construir um mundo mais justo, fraterno e pacífico. Que a celebração do amor e da compaixão se manifeste em nossas ações, e que a gratidão e a alegria permeiem nossos corações em todos os dias de nossas vidas.
Namastê! -- O Sagrado Coração em mim saúda o Sagrado Coração em você!
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SUMÁRIO GERAL
Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2016
(Atualizado em 19.01.25)
Prezou, como sempre, da abrangência sem nenhum tendencionismo a favor de alguma religião.
ResponderExcluirGrato, meu caro amigo. Esse é o meu desafio e é isto que procuro aprender com o nosso grupo...
ExcluirGrata pelo texto que nos faz refletir sobre casamentos, confronto entre tradições, bases amorosas das transformações e busca espiritual. O mistério da superação do medo é o amor dentro da fraternidade entre os povos de diferentes culturas. Fiquei curiosa em saber mais sobre o dilema contido no livro de Jó, depois me conta?
ResponderExcluirOi, Any, que teria eu a dizer para uma autêntica representante da comunidade judaica sobre o livro de Jó? Eu não sei quase nada. Agora, Edgard Leite, que respeito muito, lançou ano passado um livro exatamente sobre esse dilema de Jó...
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