feito de coisas que não aparecem.
Santo Agostinho
Conforme explico mais detalhadamente ao longo dos capítulos seguintes, logo que conheci Francisco Barreto, em 1979 fui convidado a experimentar mais profundamente a forma de viver proposta no Śuddha Yoga, muitas vezes chamada de “espiritualista”, por falta de um melhor nome, mas que, na verdade, integra e unifica as experiências do universo fenomenológico, dando igual peso à matéria e ao espírito. O Śuddha Yoga, em seu nível mais profundo, não nos convida a assumir, nem uma postura teísta, nem ateísta, mas aquela oriunda de se compreender o equilíbrio sintrópico destes dois níveis de percepção de uma mesma realidade: o nível entrópico (rajásico e tamásico) do mundo, experimentado como saṃsāra; e o nível sintrópico (sáttvico) desta mesma realidade “material”, experimentado de forma espiritual e laica como nirvāṇa.