2024-04-14

Apresentação do Opúsculo (02/08)

Um Programa de Gestão Sintrópica

E se você e/ou a sua organização focassem na gestão da energia humana, no lugar da gestão do tempo? A energia produtiva de uma pessoa depende da sua força vital e do seu humor.  E o humor influencia não apenas os nossos sentimentos, mas também o sentimento dos demais. Somos como uma bateria, que necessita de condições adequadas para se recarregar e mesmo para estender a sua vida útil. A qualidade da energia das pessoas físicas é a principal fonte de influência da energia das pessoas jurídicas, sendo a responsável pelo seu nascimento e desenvolvimento. Ela atua sobre o ambiente promovendo ou prejudicando o bom desempenho de todas as funções e atividades cotidianas, individuais ou coletivas. 

Construímos este pequeno opúsculo em torno desta ideia, ilustrando como um programa de gestão colaborativa e sintrópica pode promover um estilo de governança em consonância com o novo paradigma global, integrando ciência, espiritualidade e ferramentas de gestão, fundadas na arte e na ciência da meditação.  

Do ponto de vista da gestão da energia empresarial, o máximo da eficácia ocorre quando os grupos conseguem trabalhar de forma sincrônica e sintrópica. A sincronização da energia no ambiente de trabalho, otimiza as relações e favorece o estabelecimento dos processos da cultura sintrópica. A gestão eficaz desta energia envolve as dimensões da mente, do corpo, das emoções e do espírito. Estar atento a sua própria energia – e na energia das pessoas ao seu redor – permite que você se torne mais produtivo, integrado e intuitivo. A habilidade para converter a sua energia interior em trabalho eficaz, sem perdas, ou seja, sem gerar atritos desnecessários, depende da capacidade individual para se atuar de forma sincrônica e sintrópica, em conformidade com a escuta individual do ritmo do coração da nossa organização, ou instituição. 

O Gestor Sintrópico

Na curta história apresentada a seguir sob a forma de uma parábola, tratamos do Gestor Sintrópico e dos resultados que ele produz, levando as pessoas a se sentirem bem consigo mesmas, com a organização ou empresa em que trabalham e com todos os outros com os quais mantém relações, ou vínculos de qualquer natureza. A parábola do Gestor Sintrópico contempla uma compilação simples dos resultados alcançados por meio da compreensão sintrópica da realidade, derivada da arte e da ciência da meditação. 

O ser humano contém em si mesmo o potencial e as chaves para superar os limites da razão tecnicista e lidar, satisfatoriamente, com as contradições do mundo moderno. Nós não somos movidos pelas ideias. Nós somos movidos pelos sentimentos. A vida é uma sucessão de sentimentos. Os conceitos podem ser apreendidos pelas máquinas. As pessoas pensam porque sentem, e não o contrário. São os sentimentos que acionam os pensamentos e as ações. Os sentimentos superiores (de unidade, conexão e equilíbrio) conferem sentido à razão, elevando-a de sua esfera lógica inorgânica, que rege todos os fenômenos abstratos e inanimados, para a esfera da lógica orgânica, dialética, contraditória e sintrópica, que rege tudo aquilo dotado de vida. Os sentimentos intuitivos estão na origem do processo de formação de uma ideia. Eles se manifestam na habilidade para equacionar e solucionar problemas, bem como a coragem para enfrentar novos desafios.

Quando alinhamos a razão com o coração, em suma, o conhecimento com a boa prática, alcançamos a esfera dos sentimentos intuitivos de onde emergem as verdades, que se apresentam sob a forma de uma convicção interior e, logo, como uma certeza inquestionável. É a partir desse momento que a mente passa a operar em conformidade com o novo paradigma, onde ciência e espiritualidade formam um campo unificado, possibilitando-nos agir no mundo em sintonia com a compreensão de que, assim como o planeta Terra, as instituições humanas também constituem corpos vivos, que, em harmonia com o seu ambiente, crescem e se aprimoram.

 

SUMÁRIO GERAL: A Arte e a Ciência da Meditação segundo a Bhagavad Gītā
Próximo texto: O Início (03/08)

Rio de Janeiro, 14.04.24.


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