2019-02-18

039. Cozinhando com o Coração

Cozinhando com o CoraçãoRECEITAS DA SEMANA: Bifum com legumes; Hambúrguer de grão de bico; Antipasto de berinjela; Creme de papaia com cassis (opcional); Guaraná natural com água gaseificada.


1. Bifum com legumes (vegano)
O bifum é um macarrão oriental feito de arroz e não contém glúten. É leve, saboroso e ajuda a perder peso. É muito fácil de preparar e com legumes fica muito nutritivo.

Rendimento: 5 porções

2019-02-06

O "Bom-Senso", a Bhagavad Gītā e o contexto do ​Mahābhārata

Eu penso, portanto eu sou.
(Discurso sobre o Método,  1637)
O "Bom-Senso": o coração tem razões que a própria razão desconhece

O bom-senso (com hífen), representa, diferentemente do senso comum (sem hífen), a base fundamental onde se assentam todas as expressões verdadeiras, justas e belas. Pode ser entendido como o resultado do pleno funcionamento da razão, quando iluminada pelo sentimento ajuizado que jorra do coração. Neste sentido novo, o antônimo de "bom-senso" é "fé cega" e não "mau senso". O bom-senso, portanto, previne contra toda a espécie de dogmatismo, fantasia, idolatria e fanatismo. Esta definição ingênua, quase óbvia, poderia ter sido formulada por Descartes, mas ele não explicou completamente o que entendia por "bom senso" (sem hífen). O resultado é que até hoje os lexólogos só reconhecem o sentido da expressão sem o hífen. O  bom-senso (com hífen) de Descartes, contudo, manifesta-se em sua obra como a expressão elevada desse sentimento ardoroso interior que o orientou, de forma indubitável, como uma bússola, em direção à sua primeira certeza sensível: "cogito ergo sum" –  penso, logo existo (1644). A certeza sensível é uma expressão da harmonia entre a razão (mente) e o coração (intuição). Surge do mesmo bom-senso que fez Descartes ferver por inteiro, impedindo-o de sucumbir à letra morta das Escrituras, à autoridade papal e, principalmente, de cair vítima da interpretação cega das leis e dos costumes da época. Foi o seu bom-senso que impediu a sua razão de se tornar mera desrazão, à serviço de interesses obscuros das pseudo-ciências, pseudo-religiões e pseudo-justiça. O seu bom-senso, ou seja, a sua razão iluminada pela luz do coração, dotou-o de coragem para driblar a desrazão vigente e manter a coerência entre o seu discurso e a sua prática.