Uma reflexão canônica sobre a Arte e a Ciência da Meditação, inspirada na śraddhā da Bhagavad Gītā. Longe de ser mera fé, śraddhā é a confluência entre a fides e o cogito cartesiano, a experiência do fervor íntimo, da convicção profunda, e do poder de traduzir o amor em insight e ação, capaz de nos causar um arrepio profundo. Essa bússola interior, guiada pela confiança e prudência, ilumina a razão em direção à Verdade e ao Absoluto (Brahma-sāmīpya). Explore o SUMÁRIO abaixo.
2022-12-17
Sobre a natureza da meditação
2022-08-28
O significado da Gītopadeśa
A figura conhecida como Gītā-Upadeśa, ou melhor, Gītopadeśa, revela a essência da Bhagavad Gītā. O entendimento de que espiritualidade representa algo que transcende a mera esfera religiosa é a marca característica da Gītopadeśa. Ela mostra a Bhagavad Gītā como expressão da metáfora da unificação dos dois pássaros descritos no Ṛigveda (1.164.20), na Muṇḍaka Upaniṣad (3.3.1) e na Māntrika Upaniṣad. Expressa, portanto, como desenvolver o discernimento, ou a visão espiritual (Divyacakṣus), por meio da arte e da ciência da meditação. A Gītopadeśa mostra o Senhor Krishna e Arjuna sentados na quadriga puxada por quatro corcéis brancos. A quadriga simboliza a mente e o corpo humano; Arjuna, a consciência individual (o “si mesmo”, o ser individual, o jīva) condicionada pelo processo objetivo do mundo (saṁsāra); e Krishna, o Espírito que exerce o controle das rédeas, ou da mente emocional (com jurisdição sobre os sentidos). Quando o ser individual (Arjuna, Nara) se deixa dirigir pelo Supremo Espírito (Krishna, Nārāyaṇa), presente em si mesmo, avança pelo caminho que nos conduz do saṁsāra ao nirvāṇa. Esta metáfora, conhecida como Gītopadeśa, representa a síntese da Bhagavad Gītā a partir de sete versos (conhecidos como Saptaślokī Gītā ou a Gītā de Sete Versos: BhG 2.2, BhG 2.3, 2.11, 18.61, 18.62, 18.64 e 18.66).
2022-06-26
O Novo Paradigma da Ciência Política do século XXI
2022-06-13
Aprendendo a Meditar no Coração
2022-06-12
SÍNTESE DA DISCIPLINA DE ŚRADDHĀ YOGA
2022-04-28
Razão e Sentimento (II): vegetarianismo, Milo e D. Celina
Milo e eu no Canindé (02.04.17) |
Para descrever o meu reencontro com o Milo e o Canindé da D. Celina em 02.04.17, um domingo, vou reproduzir, de forma adaptada, partes do capítulo 3 (intitulado “Felicidade”) do livro Síndrome do Pânico: Aprendendo com a pedagogia da dor (Ed. Litteris: 1998). Vejo agora como os anos tornam mais verdadeiras as palavras que escrevera e que procuram nos resgatar da perda do paraíso infantil, caracterizado pelo encantamento e autêntico espírito de amizade:
Então, buscando outra vez a conexão perdida, mergulho até a infância, dezembro de 1965.
2022-04-06
Esquema da Relação Arquetípica dos Cinco Pāṇḍavas com o Śraddhā Yoga
2022-02-28
O Dhyāna Mantra
O Dhyāna Mantra “Haṃsa” está representado no diálogo da Bhagavad Gītā. |
2022-02-21
A Meditação Cristã: a Oração do Coração e o Decreto de Exaltação do Nome de Jesus
Sempre e em todo o lugar Deus está conosco, perto de nós e em nós. Mas nem sempre estamos com Ele, visto que não nos lembramos Dele; e porque não nos lembramos Dele nos permitimos muitas coisas que não faríamos se lembrássemos. Esta necessidade de estar direcionado internamente a Deus deve ser plenamente reconhecida, porque todos os erros na vida ativa parecem vir da ignorância deste princípio. Tome para si a regra de sempre estar com o Senhor, mantendo a sua mente em seu coração, e não permita que os seus pensamentos vagueiem...
2022-01-22
Celebração de trinta e nove anos de casamento
Celebração de casamento (22.01.83 & 06.02.83) |