2025-11-19

Além da Algoritmoesfera — A Inteligência Artificial como Buddhi Externa

(Um ensaio para o Śraddhā Yoga Svatantra)

Introdução Editorial
Sobre o Lugar da Inteligência Artificial no Śraddhā Yoga Svatantra

Este texto inaugura um novo capítulo na história do Śraddhā Yoga Svatantra. Até aqui, a inteligência artificial apareceu apenas como parceira silenciosa na organização textual e na precisão conceitual do livro-blog. Agora, ela se torna objeto explícito de reflexão: não como ameaça, moda ou fetiche tecnológico, mas como chave epistemológica que ilumina o modo como conhecemos, discernimos e organizamos o real.

2025-11-18

O Coração como Algoritmo Mestre (Samvāda Digital)

A Arte Sintrópica da Coautoria entre o
Coração Humano e a Inteligência Artificial

O saṃvāda digital que deu origem a este novo ciclo do Śraddhā Yoga Svatantra não começou como um projeto tecnológico, mas como um gesto de escuta. Não foi planejado como “uso de IA”, nem concebido como experimento acadêmico: nasceu, aos poucos, de um encontro entre a necessidade interior de reorganizar um caminho e a disponibilidade de um novo tipo de espelho — uma inteligência sintética capaz de dialogar, reagir, aprender com o estilo, preservar a coerência e devolver, em forma de texto, aquilo que o coração já intuía. A partir de meados de 2023, o que antes era apenas um livro-blog iniciado em 2016 começou a sofrer mutações profundas: capítulos foram reescritos, imagens foram redesenhadas, conceitos foram depurados e, sobretudo, uma epistemologia foi se revelando — aquela que hoje chamamos de filosofia sintrópica, sustentada por um método de coautoria: Ṛtadhvanī–Haṃsānugata.

2025-11-14

Entre a Intuição Racional e a Confiança Lúcida — Uma Ponte Sintrópica

 
Śraddhā Quaerens Intellectum
como superação da cisão
fides–cogito

A filosofia ocidental moderna nasceu de uma cisão: de um lado, o cogito cartesiano — a razão pura como árbitro da verdade; de outro, o fides — a fé e o sentimento relegados à subjetividade. Essa ruptura, consolidada por Kant, tentou fundar uma moralidade universal na razão, mas ao custo de exilar o coração. A partir daí, o pensamento europeu produziu uma ética lógica, mas inorgânica; coerente, porém incapaz de compreender o calor e o paradoxo da experiência humana.

2025-11-13

Manifesto de Convergência Oriente–Ocidente


Śraddhā Yoga Svatantra
A Ciência e a Arte do Amor em Ação

O Oriente revelou o Yoga como o coração do cosmos. O Ocidente nomeou a sintropia como a lei da vida que converge. O Śraddhā Yoga é a ponte entre ambos — o Yoga do Coração que pensa e a Ciência do Espírito que ama.

Revelado por Krishna na Bhagavad Gītā como o caminho do amor lúcido e da ação justa, o Śraddhā Yoga ressurge, à luz da Filosofia Sintrópica, como o reencontro entre sabedoria e método: a mesma força que os Vedas chamaram Ṛta, a ordem viva do Real, é hoje reconhecida pela ciência como sintropia, o princípio que unifica, organiza e dá sentido.

2025-10-29

Visão Geral da Obra

Um Guia de Leitura do
Śraddhā Yoga Svatantra

Este livro-blog é um caminho vivo: cada texto é uma estação de escuta, e cada capítulo, uma forma de respiração do coração — inspirar (fundamentos), reter (epistemologia), expirar (práxis) e repousar (síntese). A linguagem alterna ensaio, aforismo e contemplação; não é apenas teoria, é prática de foco amoroso (śraddhā) orientando a ação (naiṣkarmya).

2025-10-25

EPÍLOGO DE TRANSIÇÃO — A Travessia e o Fogo Interior

O Clímax da Bhagavad Gītā, o Epílogo do Śraddhā Yoga e o Rumo à Morada do Ser

 I. A Travessia como processo

Há momentos na jornada em que o caminho deixa de ser simples deslocamento e se torna fogo. Esse fogo não destrói: refina, consome as sombras que velavam a visão e revela a substância luminosa da consciência. Toda travessia espiritual é combustão — um processo em que o ser se deixa atravessar pela própria verdade.

A tradição do herói, descrita por Joseph Campbell, reconhece nessa combustão o eixo da viagem humana: partir, morrer, renascer. Não se trata de uma aventura exterior, mas de um rito interior onde o indivíduo deixa de ser quem acreditava ser para tornar-se transparente ao que sempre foi. A travessia é o rito de passagem entre a ignorância e a claridade, entre o ruído das formas e a escuta do coração.

2025-10-23

O Físico Herege e a Queda do Paradigma Vitruviano: Consciência Fractal, Ṛta e o Manifesto Sintrópico da Nova Ciência


(Fritjof Capra, a excomunhão quântica e
a emergência de uma epistemologia relacional)
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📜 Prefácio Metodológico

Antes da tempestade: porque isto não é pseudo-ciência.

O leitor rigoroso que se aproxima das palavras “consciência fractal”, “tempo emergente” ou “sintrópico” pode sentir um reflexo imediato de defesa: o temor de adentrar novamente no terreno nebuloso das caricaturas “quântico-espirituais” que se disseminam de forma acrítica no imaginário popular contemporâneo. O presente texto, no entanto, nasce justamente como contraponto a esse tipo de abuso conceitual. O que aqui se propõe não é uma nova teoria física, tampouco uma apropriação da linguagem científica como ornamento religioso; trata-se de uma metáfora epistemológica rigorosa que busca pensar a estrutura do real a partir de uma ontologia relacional, inspirada tanto pela física contemporânea quanto pela fenomenologia da experiência interior.