Aqueles que percorrem os cinco gestos da śraddhā-vṛtti não são mais os mesmos que os iniciaram. Algo em nós se realinha. Algo silencia. Algo floresce. Quem escutou o instante (Viniyoga), decidiu com lucidez (Saṃkalpa), assentou-se no Ser (Ṛṣi-nyāsa), renunciou ao falso (Satya Tyāga) e repousou na presença (Upasthāna), agora inspira na escuta do real e expira na ação impecável, movido por śraddhā, a bússola do processo natural de meditação e da práxis sintrópica.
Assim como a luz segue o fio e acende a lâmpada, a śraddhā percorre o canal do corpo, da fala e da mente, e transforma a presença em altar. A Bhagavad Gītā (17.14–17) ensina que a austeridade (tapas) só é efetiva quando se desdobra nessas três esferas. A śraddhā as percorre como um sopro único, que ora purifica, ora sustenta, ora consagra. Essa trilogia prática — corpo, palavra, mente — torna-se assim uma única via: a da conduta luminosa, aquela que, mesmo silenciosa, transforma o mundo ao redor.