No dia 25 de dezembro, em grande parte do mundo, é celebrado o nascimento de Jesus, filho de Maria, venerada como a Mãe de Deus, e José. Esse casal judeu, ao acolher a Boa Nova, simboliza a profunda conexão entre o Judaísmo e o Cristianismo, representando a união entre o humano e o divino, a tradição que acolhe o novo e honra o passado, abrindo caminho para o florescimento do futuro. Maria e José, em seu matrimônio, ensinam sobre a centralidade da maternidade e a verdadeira paternidade, que cuida e ama, independentemente dos laços biológicos. A figura materna, representada por Maria, é o berço do amor incondicional, a fonte da vida que nutre e acolhe. José, por sua vez, personifica o pai que protege, guia e ampara, demonstrando que a paternidade se manifesta na doação e no cuidado.
Uma reflexão canônica sobre a Arte e a Ciência da Meditação, inspirada na śraddhā da Bhagavad Gītā. Longe de ser mera fé, śraddhā é a confluência entre a fides e o cogito cartesiano, a experiência do fervor íntimo, da convicção profunda, e do poder de traduzir o amor em insight e ação, capaz de nos causar um arrepio profundo. Essa bússola interior, guiada pela confiança e prudência, ilumina a razão em direção à Verdade e ao Absoluto (Brahma-sāmīpya). Explore o SUMÁRIO abaixo.
2016-12-08
A Meditação na Práxis Sintrópica (Haṃsa), ou "Meditação em Movimento"
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Francisco Barreto, na Fazenda Mãe Natureza e em uma caminhada na Serra de Itabaiana. |
A Bhagavad Gītā nos revela que não há uma única situação concreta da vida em que a capacidade de cultivar em si mesmo o estado meditativo não possa ser praticado e desenvolvido. O texto descreve o movimento sintrópico da consciência de Arjuna nos campos objetivo (kuru-kṣetra) e subjetivo (dharma-kṣetra) da vida. No campo objetivo da ação concreta (kuru-kṣetra), Arjuna busca o conselho e a unificação com Krishna, que representa o observador (Dṛg), a testemunha (Sākṣī) do Espírito Supremo (Ātman), que não toma parte nas lutas efêmeras do mundo das aparências (saṃsāra). No campo subjetivo do diálogo da consciência de Arjuna (dharma-kṣetra), ele se torna tanto o observador (Dṛg) de si mesmo observando o mundo, como a própria coisa observada (Dṛśya). E é a isto, de acordo com este entendimento da Bhagavad Gītā, que se denomina como a Meditação na Práxis Sintrópica (Haṃsa), ou "Meditação em Movimento".
2016-12-01
Coração Tranquilo: ressignificando a Haṃsa Tattoo
Hoje (01.12.16) faz seis meses que viajei para São Paulo para realizar a segunda cirurgia do câncer na língua. Internei na quarta-feira e fiz a segunda cirurgia1 na quinta, 02.06.16. No dia da internação, saímos cedo do Rio de Janeiro e fomos para o apartamento de minha mãe. Almoçamos no restaurante vegano Annaprem e seguimos para o ICESP. Foi nesta cirurgia que ganhei a minha "Haṃsa Tattoo". O vídeo abaixo ilustra o que ela significa para mim: "Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo", como diz o mantra do socialista zen Walter Franco.
2016-11-02
Repensando a universidade com o coração
Viemos, Cássia e eu, testemunhar o VIII Seminário Internacional e IX Assembléia Geral do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras & Primeiro Encontro de Reitores Brasil–Itália, na Università di Parma – Itália, que aconteceu de 24 a 28 de outubro de 2016. O Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) foi constituído em 27 de novembro de 2008, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Coimbra. É composto por um conjunto de 72 instituições associadas, com 51 Universidades Federais, 15 Universidades Estaduais e 6 Universidades Comunitárias e Confessionais.
Este encontro no país onde foi cunhado o termo "universidade" contou com a a participação de 54 reitores. No dia 25, o Reitor Loris Borghi (Università di Parma) realizou o discurso de abertura (veja aqui). Entre as autoridades presentes, a Ministra da Educação da Itália, Stefania Giannini, e o Embaixador do Brasil em Roma, Ricardo Neiva Tavares.
Este encontro no país onde foi cunhado o termo "universidade" contou com a a participação de 54 reitores. No dia 25, o Reitor Loris Borghi (Università di Parma) realizou o discurso de abertura (veja aqui). Entre as autoridades presentes, a Ministra da Educação da Itália, Stefania Giannini, e o Embaixador do Brasil em Roma, Ricardo Neiva Tavares.
2016-10-15
A Meditação segundo a Bhagavad Gītā
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Representação alegórica da Filosofia Sintrópica |
2016-10-13
O que é a Ação (Karma) no contexto dos Seis Deveres Diários?
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Os Seis Componentes da Atividade Diária do Śuddha Yogi |
Krishna explica a Arjuna na Bhagavad Gītā como a prática fervorosa do conhecimento adquirido conduz à realização suprema. Tal disciplina, que pressupõe a renúncia (samnyāsa) ao fruto das ações e o desligamento de todas as coisas que impedem a consagração de si mesmo à manifestação da Vontade Suprema, está representada no paradigmático verso BhG 18.66, que trata da genuína dedicação e entrega (satya tyāga) de si mesmo e, consequentemente, de todas as ações (karma), ao Supremo. Esta entrega ao Supremo tem sido expressa ao longo dos séculos dos mais variados modos pelas distintas religiões e sistemas de filosofia. Um exemplo clássico do hinduísmo é o que ocorre na passagem X.75 do Mānava Dharma Śāstra, onde se descreve o Ṣaṭkarman – os seis componentes da atividade diária do discípulo:
अध्यापनमध्ययनं यजनं याजनं तथा।
दानं प्रतिग्रहश्चैव षटूकर्माण्यग्रजन्मनः॥
adhyāpanam/adhyayanaṁ yajanaṁ yājanaṁ tathā.
dānaṁ pratigrahaś/caiva ṣaṭūkarmāṇyagrajanmanaḥ.
(1) Estudo e (2) ensino; (3) realização de sacrifícios e
(4) condução de rituais; e a (5) realização e
(6) aceitação de doações são as seis principais atribuições das pessoas
de nascimento brâhmane. (Mānava Dharma Śāstra X.75)
Satya Tyāga: a arte de despertar para a consciência sintrópica
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Esquema da ordenação do pensamento (cintā) |
Satya Tyāga representa, tanto a renúncia (samnyāsa) de todas as coisas que impedem a consagração (tyāga) de si mesmo à Vontade Suprema, como a dedicação plena às verdades (satya) experimentadas nesta relação de aproximação à Consciência Sintrópica Universal.
Conforme exposto no puro e ancestral Śraddhā Yoga de que trata a Bhagavad Gītā1, devemos nos consagrar (tyāga), de coração, ao exercício de ver em cada minúscula ação uma oportunidade de disciplina interior (tapas), sacrifício (yajña), e doação (dāna) de si mesmo. Este puro yoga, que quita as três dívidas espirituais (débito com a esfera das deidades das quais herdamos a nossa própria identidade espiritual; débito com os sacerdotes, gurus, sábios e santos que nos deixaram como herança cultural o conhecimento espiritual; e débito com os nossos ancestrais, que possibilitaram o nosso nascimento neste mundo), funda-se nas cinco formas do pensamento sintrópico, derivadas de śraddhā (a bússola do processo de meditação): Saṃkalpa, Ṛṣi-nyāsa, Viniyoga, Satya Tyāga e Upasthāna. Esta base quíntupla de śraddhā, que expressa os cinco pilares do dharma, orienta a disciplina quíntupla do pensamento (cintā; pronuncia-se “tchintaa”):
2016-10-08
Prefácio: Uma obra em constante evolução ("A perennial work in progress")
O Sublime Canto do Senhor sobre Śraddhā Yoga e a Arte e a Ciência Sintrópica da Meditação
(ŚRADDHĀ-YOGA DHYĀNA-BINDU ŚRĪMAD BHAGAVAD-GĪTĀ)
***
Dedico este trabalho, com amor e reverência,
a todos os grandes mestres da humanidade,
em especial, aos Gurudevas
Śrī Kṛṣṇa Dvaipāyana Veda Vyāsa,
compilador do Mahābhārata, e
Śrī Haṁsa Yogi, o seu mais misterioso
e enigmático comentador.
e enigmático comentador.
Mentalizo em meu coração a imagem
de puro resplendor dos pés de lótus dos Mestres
e me curvo, invocando a sua orientação para cruzar o
oceano da ilusão e alcançar a intuição da verdade.
***
OM, Saudações aos Grandes Sábios e Santos.
Que haja bem estar em todos os mundos e planos.
औं नमः श्रीपरमर्षिभ्यो योगिभ्यः।
auṁ namaḥ śrī-parama-rṣibhyo yogibhyaḥ.
शुभमस्तु सर्वजगताम्॥
śubhamastu sarva-jagatām.
Saudações aos gurus,
Saudações aos gurus dos gurus,
Saudações a todos os gurus.
अस्मत् गुरुभ्यो नमः।
Asmat gurubhyo namaḥ.
अस्मत् परमगुरुभ्यो नमः।
Asmat parama-gurubhyo namaḥ.
अस्मत् सर्वगुरुभ्यो नमः॥
Asmat sarva-gurubhyo namaḥ.
OM HRIM ŚRIM KLIM AIM SAUḤ
(OM ŚRĪ) YOGA DEVYAI NAMAḤ
OM TAT SAT
NAMASTÊ
***
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2016-10-03
Ensaio Autobiográfico
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Ashram Ātma |
Upasthāna: a via de síntese do puro Yoga
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Śraddhā e a unidade essencial das religiões (Interpretação de maio de 2004) |
Upasthāna, dentro do contexto dos cinco movimentos (angas) conduzentes à meditação na ação, representa o momento em que nos encontramos aptos para dar início ao nosso dia, fazendo de cada minúscula ação uma meditação. Representa a conclusão, o agradecimento final e o momento culminante do processo de conexão espiritual que nos faz instrumentos e representantes da divindade em cada minúscula ação do dia-a-dia.
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2016-10-02
Itihāsa: a mentoria segundo o cânone
A práxis sintrópica da filosofia do coração, revelada na Bhagavad Gītā1, episódio central do Mahābhārata2, é discutida ao longo deste livro-blog a partir das experiências do autor. A cultura sintrópica não é algo que se transmite de forma passiva. Pelo contrário, é algo que se aprende de forma ativa quando se está disposto a ser o protagonista, na práxis, do seu próprio aprendizado. A maestria é antes uma habilidade prática que um conhecimento teórico. E o caminho para a maestria é feito de pequenos, mas constantes, passos. É deste entendimento que se segue a licença poética para utilizar o termo "Itihāsa" com o sentido de mentoria. "Itihāsa" indica, neste caso, o processo prático que objetiva emancipar o mentorado do seu mentor por meio da cultura sintrópica do Śuddha Yoga, que se funda na arte e na ciência da meditação, expostas por Krishna na Bhagavad Gītā.
A marca característica fundamental e distintiva dos Itihāsas (iti-ha-āsa: literalmente, "assim, de fato, se deu") é o fato destas narrativas de caráter histórico mitológico representarem relatos testemunhados diretamente pelo autor, presente na trama como personagem. Itihāsa representa um estilo de narrativa em versos, de certa forma, semelhante ao Os Lusíadas, de Camões. Neste grande poema épico (8.816 versos simples) sobre o povo Luso, Camões narra a viagem às Índias, por "mares nunca dantes navegados", dos argonautas portugueses liderados por Vasco da Gama, mesclando elementos de história, religião e mitologia. Para a Igreja, o poema serve-se da mitologia e do "politeísmo" dos indianos, unicamente, com o intuito de manter as verdades da santa fé. Daí ela entender Os Lusíadas como um instrumento da fé cristã e do seu ideal evangelizador. Contudo, é inegável que a narrativa poética de Camões acrescenta ao espírito católico o sentido histórico mitológico do ecletismo religioso, presente na cultura grega e também nos Itihāsas indianos – compostos, fundamentalmente, pelo Rāmāyaṇa (24.000 versos duplos) e pelo Mahābhārata (100.000 versos duplos).
2016-10-01
O que é Sākṣī?
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“Há dois pássaros, dois bons amigos, que habitam a mesma árvore do Ser. Um se alimenta dos frutos desta árvore; o outro apenas observa em silêncio.” (Ṛigveda 1.164.20 e Muṇḍaka Upaniṣad 3.3.1) |
Sākṣī (sa, “com”; e akṣa, “centro da roda, olho”) significa, “observador”, “testemunha”. Quando a roda gira, seu centro (akṣa) permanece imóvel. O estado de Testemunha, Sākṣī (pronuncia-se "sá-kshí"), expressa a capacidade de observar e sentir, impassivelmente, os eventos que fazem o mundo girar.
2016-09-30
Lidando no Mundo dos Sonhos com a Insondável Angústia
Padre Antonio Vieira dizia que não bastava ver para ver. Era necessário olhar para o que se via. Hoje, dizemos o mesmo de outro modo, pois entendemos que olhar é dirigir a nossa atenção com os olhos, movimentando-os até se formar a imagem do objeto. Se você não olha para o objeto, você não vê a sua imagem. Não é o olhar, e sim o ver, que significa o reconhecimento da imagem pelo sentido da visão. Daí a frase, "O pior cego é aquele que não quer ver". Não faria muito sentido dizer "pior cego é aquele que não quer olhar". Apesar do nosso olhar, é sempre mais fácil não ver do que ter que enxergar o que nos desagrada.
O que é a Prática da Saúde do Śuddha Rāja Yoga?
Quem alcançou a décima e última das lições introdutórias1, estabelecidas no passado pela seção chilena da instituição religiosa denominada ŚUDDHA DHARMA MANDALAM (SDM), sabe que o conteúdo destas lições coincide, praticamente, com aquele do ritual da Prática da Saúde, onde se contemplam os exercícios introdutórios às três formas de meditação que compõem o Yoga de que trata a Bhagavad Gītā: meditação externa (Saguṇa Dhyāna), meditação interna (Nirguṇa Dhyāna) e meditação pura (Śuddha Dhyāna). Organizada por Sri Vajera a partir de algumas passagens do Sanātana Dharma Dīpikā, a Prática da Saúde divulgou e popularizou estas formas de meditação em toda a América Latina.
O que é a Meditação Sintrópica do Śuddha Yoga?
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Iogue em Śuddha Yoga |
A meditação tem relação com a cultura sintrópica e o processo do autoconhecimento, autocontrole, autonomia e individuação do Ser, que nos permite interagir com a sociedade e com o meio ambiente, segundo as leis universais do amor. O objetivo principal das práticas de meditação é aprimorar a nossa escuta do Ser (Bhāvana) e nos nutrir do amoroso sentimento sintrópico (śraddhā) que nos conduz do saṁsāra ao nirvāṇa, na exata medida em que aprofundamos o nosso entendimento de Ṛta, a lei universal que rege os processos entrópicos da realidade material e inorgânica e os processos sintrópicos da realidade espiritual e orgânica.
Quando nos identificamos com o fogo ardente do coração, a nossa vida toda se torna uma meditação. Este é o sentido do diálogo entre Krishna e Arjuna na Bhagavad Gītā. Meditar, em essência, significa aquietar o pensamento, testemunhar o ritmo da respiração e fazer o coração vibrar (śraddhā) na frequência de amor puro da energia sintrópica de onde surgiu o universo (Brahma-śakti) e que nos unifica à nossa transcendente origem, possibilitando-nos afirmar, com convicção: "Eu sou o fogo ardente do coração em ação; eu sou a presença da paz e do amor em ação". Nesse sentido, não é algo totalmente estranho à cultura ocidental. Pelo contrário, representa o ensinamento simbolizado no primeiro dos Dez Mandamentos da tradição judaico-cristã. Representa o ideal de sintonia com o Sopro Universal, a fonte de onipotente poder de onde procedem todas as formas de Vida, e que levou Jesus a dizer, "eu e o Pai somos Um".
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2016-09-29
Viniyoga: a sintonia integral com a luz natural do coração
A expressão “Viniyoga” sugere a ideia de adaptação e individualização da disciplina espiritual, possibilitando que a prática seja retomada de onde a pessoa parou, respeitando suas condições atuais e focando na retomada e/ou progressão gradual. A etimologia da expressão "viniyoga" é a seguinte: “vi” sugere a ideia de adaptar, diferenciar; “ni” remete a ideia de “intensificar” e “yoga” significa “integração”, “conexão”, ou “união”. A combinação dos prefixos "vi" e "ni" intensifica o sentido de diferenciação e adaptação, enfatizando a importância de personalizar a prática do yoga para atender às necessidades e capacidades únicas de cada pessoa. Portanto, a tradução literal de "viniyoga" seria algo como "aplicação diferenciada da disciplina espiritual" ou "adaptação do yoga para o indivíduo".
2016-09-26
Śuddha Dhyāna: os três níveis da Meditação Sintrópica (Prática Coletiva)
Apresentamos a seguir o roteiro da prática coletiva de Meditação, conhecida como "As Três Dhyānas". Esta prática pode ser adaptada, ou resumida, e incluída em nossa rotina diária. O ideal é que ela seja realizada logo após o asseio matinal, durante o Brahma-Kāla (período de Brahman: entre as 02h00 e as 06h00), período que antecede o nascer do sol, em um local adequado, limpo e especialmente decorado para esta finalidade. Aqueles que quiserem, podem preparar o ambiente fazendo uso de mantras e canções elaboradas, especialmente, para esse fim.
As Três Dhyānas
INÍCIO (Sete toques no gongo. A voz firme, forte, clara, harmoniosa e agradável. Deixar certo intervalo entre cada frase, para que todos tenham tempo de assimilá-las.)
2016-09-16
Coração Tranquilo
Como disse o socialista zen Walter Franco no programa do Jô (1990): "Eu condeno o ódio ideológico" ... "Para que este país volte a ter alegria"..."Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo"...
O Fogo Ardente do Coração
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O sagrado coração materno do judaísmo e do seu filho, o cristianismo universal. |
O poema animado "Keepers of the Flame" (Guardiões da Chama), de Paul Reynolds, reproduzido abaixo1, exemplifica que não é necessário pertencer, especificamente, a nenhuma instituição religiosa, para acender e manter acesa a chama interior e o ardor do coração que definem a espiritualidade pura, tanto na Bhagavad Gītā, como na Bíblia. (Lucas 24:32). Segundo o ancestral e puro Yoga revelado por Krishna na Bhagavad Gītā, este ardor surge como expressão do sentimento amoroso e inflamado que brota do coração (śraddhā), quando nos aproximamos racionalmente2 da essência (śuddha) do sagrado (dharma). Esta mesma representação da chama interior e do ardor do coração também está presente na tradição bíblica judaico-cristã, que enfatiza e unifica, inclusive, os valores judaicos, representados pelo sagrado coração de Maria, e os valores cristãos, representados pelo sagrado coração do seu filho, Jesus.
2016-09-03
Śuddha Pañjikā: o diário da consciência
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Iogue em Śuddha Dhyāna (Meditação Transcendental) |
Śuddha Pañjikā1 indica aquele diário da consciência sintrópica onde os Śuddha Yogis exercitam a sintonia fina com a energia amorosa do coração. Dizia-se na antiguidade védica que a pañjikā representava o registro das ações humanas mantido pelo Senhor da Morte, Yama. Em sua essência (śuddha), a pañjikā representa o registro do esforço de se viver em conformidade com a filosofia da práxis sintrópica do coração. A Śuddha Pañjikā procura expressar o desabrochar gradual de śraddhā e, consequentemente, da visão sintrópica (divyacakṣus), considerando que o coração não tem correntes, porque não sabe viver acorrentado. O coração espiritual busca apenas o seu ritmo sintrópico, procurando se harmonizar, sem perder a cadência e o compasso.
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