Nota editorial: este texto estabelece um diálogo íntimo com uma voz anterior, que em alguns momentos do quinto capítulo chamei de “sorriso interior”. Naqueles textos repousam as sementes, as bandas dos três guṇas; aqui, apresento uma floração circunstancial dessa jornada que devemos empreender, caminhando lado a lado com a herança de nossa própria tradição.
Antes de seguir, é importante esclarecer o uso metafórico da palavra “quântico” neste texto. Emprego-a para indicar a discretização da experiência em patamares ou degraus reconhecíveis, especialmente no que concerne à predominância dos guṇas (sāttvika, rājasa e tāmasa). Essa linguagem não pretende descrever fenômenos da física quântica, mas usar a metáfora para iluminar as nuances da dinâmica espiritual que exploramos aqui.
“samatvaṃ yoga ucyate.”
Yoga é imparciabilidade amorosa.
(BhG 2.48)
“yogaḥ karmasu kauśalam.” (BhG 2.50)
Yoga é maestria sobre as ações.
"śraddhā kṣaye viniyogo ’pi muhyati;
ṛṣi nyāsaḥ tu prajñām ālokayati."
Quando śraddhā declina, até o viniyoga se confunde;
ṛṣi-nyāsa, porém, ilumina a inteligência do coração.
(Śraddhā Yoga Svatantra)