QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

01. Como você analisa a frase "a Bhagavad Gītā mostra como alcançar uma solução legítima, espiritualista, para uma crise política"?
A. A frase é equivocada pois a Bhagavad Gītā é um texto religioso, sem nenhuma conotação política.
B. A frase é trivial, uma vez que todas as atividades humanas, inclusive os rituais religiosos, são sempre ações políticas.
C. A frase é legítima e é assim que o texto é trabalhado nesta disciplina, embora este seja um tema pouquíssimo abordado pelos estudiosos.
D. A Bhagavad Gītā é o Evangelho dos hindus; logo, a frase é falsa.
E. Nenhuma das demais alternativas é verdadeira.

02. Como o Senhor Buda tratou da meditação?
A. Por analogia com a agricultura, o Senhor Buda afirma que a meditação representaria uma espécie de cultura, de cultivo, da mente.
B. Para o Senhor Buda, a meditação era secundária. O mais importante era compreender que a vida não tem sentido, é puro sofrimento.
C. Para o Senhor Buda, meditar significa alcançar a unificação com o Espírito Puro, o Ātman, a essência em nosso coração.
D. Enquanto meditava sobre uma árvore, o Senhor Buda descobriu que a iluminação dependia de certas técnicas respiratórias e exercícios de yoga que ele, então, passou a ensinar para o mundo.
E. Apenas uma das alternativas está incorreta.

03. Segundo o budismo tibetano, qual é a força que mantém o universo coeso?
A. Segundo a perspectiva do budismo tibetano, esta força é o Espírito Eterno, presente em todos os seres vivos.
B. A compaixão que é, a um só tempo, um sentimento e uma força. A compaixão é a força que nos alinha com o universo.
C. Segundo o budismo tibetano, o universo não é coeso, tudo é transitório. É isto o que expressa a lei da interdependência causal, o princípio budista que descreve o curso natural das coisas na natureza.
D. Nenhuma das demais respostas está correta.
E. Duas das demais respostas estão corretas.

04. Qual é a principal crítica feita, no Śraddhā Yoga, à interpretação tradicional da história do "olho do pássaro" no Mahābhārata?
A. Que ela ignora o papel da fé na conquista dos objetivos.
B. Que ensina uma visão superficial da concentração.
C. Que promove uma fixação em metas externas, em vez da escuta interior.
D. Que desvaloriza o treinamento técnico dos guerreiros.
E. Que incentiva a competição entre discípulos

05. Como você explicaria os resultados do experimento realizado pelo grupo de cientistas que colocou cinco macacos numa jaula, onde havia uma banana no topo de uma escada?
A. O experimento apenas prova que aprendemos e reproduzimos certos comportamentos de maneira acrítica, sem questionar.
B. O experimento prova a habilidade dos macacos de se concentrarem em uma tarefa, de modo similar a como nos concentramos para meditar.
C. O experimento prova que meditação é como uma lavagem cerebral e pode ser utilizada para produzir mal às pessoas.
D. Os resultados apenas demonstram, cientificamente, a impossibilidade de se investigar e mapear as emoções e, portanto, a própria meditação.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

06. O que é contracultura?
A. Contracultura é uma forma de agricultura natural, sem a utilização de herbicidas e outros produtos químicos.
B. A contracultura ficou identificada com o movimento pacifista dos anos sessenta que se opunha à cultura vigente. Baseada no lema de paz & amor, representou, na verdade, um movimento multicultural de vanguarda com muitos erros e acertos, como todos os outros demais movimentos de mudança.
C. A contracultura representou um movimento promíscuo, que pregava a destruição da família e queria converter os jovens às práticas satanistas e ao comunismo russo.
D. Duas das demais alternativas estão corretas.
E. Nenhuma alternativa está correta.

07. O que é a metáfora dos dois pássaros?
A. É a metáfora utilizada para o casamento: dois pombinhos unidos pelos laços do matrimônio.
B. É a metáfora que corresponde à referência, provavelmente a mais antiga, sobre a arte e a ciência da meditação: "dois pássaros habitam em uma mesma árvore. Um se alimenta dos frutos e o outro observa em silêncio."  
C. Esta metáfora corresponde à interpretação feita na Índia da história bíblica de Adão e Eva: um pássaro oferece o fruto ao outro e observa em silêncio, como se fosse a própria cobra.
D. Nenhuma das alternativas está correta.
E. Duas alternativas estão corretas.

08. Como Eckhart Tolle compreende o estado de meditação?
A. Meditação é a identificação com a testemunha que observa os pensamentos.
B. Meditar é sonhar acordado.
C. Meditar é acompanhar o diálogo do inconsciente.
D. Meditação é identificação com o fluxo incessante de pensamentos
E. Nenhuma das alternativas está correta.

09. Quais os valores distintivos associados à ecologia profunda e ao livre mercado?
A. Ambos se baseiam no altruísmo, na crença de que o homem é naturalmente bom e capaz de explorar, como melhor lhe convier, tudo o que a natureza oferece.
B. A ecologia profunda vê a natureza como sagrada, abundante e naturalmente rica, enquanto a filosofia de livre mercado vê a natureza como algo a ser explorado, de forma sustentável, para gerar riqueza para o homem.
C. Duas das demais alternativas estão corretas.
D. Nenhuma alternativa está correta.
E. Tanto a ecologia profunda como as teorias de livre mercado compreendem o homem em sua relação holística com o mundo. Consideram que cabe ao homem um lugar central: tudo o que existe, existe para a satisfação do homem, para que ele possa usufruir e consumir, em seu próprio interesse, como bem quiser.

10. Segundo a fábula do "olho do pássaro" no Mahābhārata, qual das imagens abaixo melhor expressa o foco proposto pelo Śraddhā Yoga?
A. Um telescópio apontado para uma estrela distante.
B. Uma flecha disparada contra um inimigo invisível.
C. Um harpista que escuta e deixa a música emergir.
D. Um guerreiro que atinge o olho do pássaro com frieza.
E. Um pássaro que voa em círculos à procura de abrigo.

11. O que são as egrégoras?
A. As egrégoras representam a energia formada em torno das congregações harmoniosas, onde a soma das partes é maior que o todo. Quando o grupo desenvolve uma egrégora luminosa, passa a funcionar segundo a máxima "um por todos e todos por um".
B. "Egrégora" é um termo metafísico para designar a todos que acreditam no paganismo e na Nova Era.
C. “Egrégora” é um termo da religião judaica utilizado para definir como guardar o sábado.
D. “Egrégora” era o nome utilizado na Idade Média para designar os santuários marianos.
E. "Egrégora" é sinônimo de "Igreja", mas se trata de um termo reservado para ser utilizado apenas em ocasiões solenes.

12. Como a meditação se relaciona com a escuta do coração?
A. A meditação envolve a escuta do coração, que não é contrária à razão. É essa escuta que ilumina a razão e nos dá confiança e convicção.
B. A meditação é um processo independente, sem julgamentos, e não tem relação direta com a escuta do coração.
C. A meditação é uma prática religiosa oriental, não tem nada a ver com a escuta do coração, que a característica distintiva da tradição judaico-cristã.
D. Nenhuma das demais alternativas está correta.
E. Duas das demais alternativas estão corretas.

13. De que trata o livro "O Ponto de Mutação" de Fritjof Capra?
A. O livro dá forma a uma visão sistêmica da vida, conforme as idéias de Arne Naess, criador da "ecologia profunda".
B. O texto é uma crítica aos exageros do movimento ecológico e aos espiritualistas em geral.
C. O texto defende a visão de ciência que se funda no paradigma cartesiano e que busca preservar o valor intrínseco de todos os seres vivos.
D. Duas das demais alternativas estão corretas.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

14. Quais os três temas abordados por João Signorelli em seu monólogo "Gandhi e a Ética Inspiradora?
A. A importância do jejum, da meditação e da disciplina no processo de luta contra o opressor.
B. A ética, a resistência ativa e a não-violência, que caracterizaram a famosa Marcha do Sal, promovida por Gandhi.
C. O amor, a ética e a liderança. O amor pavimenta os princípios éticos e estes devem estar incluídos na escolha das metas e no processo de tomada das decisões.
D. Três das alternativas estão corretas.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

15. Segundo a Apostila CMT014, o foco absoluto não é mera concentração, mas:
A. A suspensão do desejo.
B. A identificação com o objeto.
C. A escuta do dharma pelo coração.
D. A prática de silêncio exterior.
E. O controle total da mente.

16. O biólogo Humberto Maturana leva às últimas consequências a noção de encontro do sujeito consigo mesmo como o verdadeiro conhecimento. E como sabemos, as experiências de meditação são o exemplo mais perfeito desse conhecimento. Daí a importância de Maturana, que constrói a sua obra a partir da definição de "vida". Como Maturana define o que é a vida?
A. Maturana tem consciência de que a vida não pode ser definida. Por isto, vale-se do entendimento do termo como presente nos textos religiosos.
B. A obra de Maturana se concentra em um termo que ele cunhou unindo duas palavras gregas: "auto" (para si mesmo) e "poiesis" (criação). Os seres vivos são sistemas autopoiéticos moleculares, ou seja, sistemas moleculares que se autoproduzem.
C. Maturana define vida como um conjunto de fenômenos de toda a espécie (particularmente de nutrição e de reprodução) que se estende do nascimento (ou da produção do germe) até a morte.
D. Para Maturana, a vida apenas corresponde à qualidade que distingue um ser funcional e vital de um corpo não vivente ou pura e simplesmente da matéria química.
E. Nenhuma das demais alternativas é verdadeira.

17. Segundo Jon Kabat-Zinn a meditação é apenas uma técnica da mente?
A. Não. A meditação como uma mera técnica, sem envolvimento, sem os protocolos de compaixão, não produz os resultados a que se destina.
B. Sim. A atenção plena, independentemente de qualquer outra coisa, é suficiente para trazer os benefícios atribuídos à meditação e comprovados pela medicina.
C. Jon Kabat-Zinn jamais se manifestou sobre esse ponto.
D. Nenhuma das demais alternativas está correta.
E. Duas das demais alternativas estão corretas.

18. Quem estabeleceu os principais protocolos da prática de mindfulness?
A. Jon Kabat-Zinn, médico especialista em meditação zen.
B. Marcelo Demarzo, o líder político que descobriu o mindfulness quando era ainda presidente do diretório acadêmico da Faculdade de Arquitetura da USP.
C. Os protocolos foram estabelecidos por um grupo de pesquisadores brasileiros da UNIFESP.
D. Mathieu Ricard, o monge budista, considerado o homem mais feliz do mundo.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

19. Quem são Krishna e Arjuna?
A. Krishna e Arjuna são irmãos e herdeiros do trono de Indraprastha, reino que acaba destruído pelo exército invasor dos Pândavas.
B. Krishna e Arjuna são os dois postulantes ao trono de Hastinapura. Eles travam um duelo sangrento e, no final, Krishna poupa a vida de Arjuna, que se retira para o exílio, onde aprende a meditar.
C. Krishna e Arjuna são dois ascetas, dois religiosos que comungam das mesmas ideias e que fazem uma longa viagem juntos, vivendo uma série de experiências místicas com os yogues que encontram pelo caminho.
D. São os dois personagens principais da Bhagavad Gītā, texto que pode ser lido como um tratado sobre a arte e a ciência da meditação.
E. Nenhuma das demais respostas está correta.

20. Quais os principais tópicos que o Mahābhārata considera para questionar a moral religiosa e refletir sobre uma ética espiritualista?
A. No Mahābhārata a defesa dos valores morais vem sempre em primeiro plano, ofuscando qualquer reflexão ética. A preservação da estrutura familiar tradicional é o grande tema de todo o épico.
B. São poucos e bem específicos: a defesa do sistema de castas e das práticas de meditação como instrumento de construção dos núcleos familiares e das relações sociais.
C. Na verdade, o Mahābhārata não questiona a moral religiosa, mas faz a sua apologia, igualando a moral à ética.
D. São muitos. Dentre os principais: filosofia política, superação do sistema de castas, questões de gênero, feminismo, poliginia e poliandria.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

21. O que são os mantras?
A. Não há uma definição consensual de mantra. Mantra pode ser definido como uma palavra ou som repetido para ajudar na concentração na meditação. 
B. Mantra é aquilo que possibilita a contemplação do real e nos liberta da escravidão. Para ser mantra de verdade, a sua origem tem que ser divina, e não de autoria humana. Ou seja, tem que ser de inspiração divina.
C. Originalmente, os mantras correspondiam aos hinos sagrados dos Vedas.  “Mantra” deriva da raiz verbal “man” - "pensar". Representa um pensamento estruturado em conformidade com a realidade, segundo fórmulas associadas à realização espiritual.
D. Um mantra é uma expressão sagrada, uma fórmula de poder, um som, uma sílaba, ou grupo de palavras em sânscrito. Em sua forma mais simples é o ॐ (AUM, OM).
E. Todas as anteriores.

22. O que significa a palavra “maranatha” e onde ela é utilizada?
A. A palavra “maranatha” ocorre em uma passagem do Evangelho e é utilizada como uma espécie de mantra da meditação cristã. Significa “venha, nosso Senhor”.
B. Maranatha é o mantra utilizado por Arjuna na Bhagavad Gītā para entoar a proteção dos deuses antes do início da batalha.
C. “Maranatha” indica o primeiro discurso proferido pelo Senhor Buda, logo após a sua iluminação.
D. Pelo menos duas das alternativas estão corretas.
E. Nenhuma das alternativas está correta.

23. Marque a alternativa incorreta.
A. A Meditação do Rāja Yoga é descrita nos Yoga Sūtras de Patanjali.
B. A Meditação Vipassanā ficou mundialmente conhecida a partir da década de 1990, quando o documentário televisivo “Doing Time, Doing Vipassanā” – Cumprindo Pena, Realizando Vipassanā chegou aos EUA, que adotaram a técnica em suas prisões.
C. O mantra OM (AUM) NAMO NĀRĀYAṆĀYA resume a meditação conforme entendida na Bhagavad Gītā. 
D. As primeiras metáforas e mantras da arte e da ciência da meditação aparecem no Mahābhārata, texto que contém a Bhagavad Gītā. 
E. A metáfora dos dois pássaros aparece nos textos védicos com a seguinte formulação: “há dois pássaros, dois bons amigos, que habitam a mesma árvore do Ser; um se alimenta dos frutos desta árvore; o outro apenas observa em silêncio.”

24. Como a medicina vê a meditação?
A. Atualmente a medicina reconhece a meditação como uma prática integrativa complementar, cujos efeitos benéficos estão sendo, aos poucos, comprovados cientificamente.
B. A medicina não reconhece os benefícios da meditação, uma vez que eles ainda não foram cientificamente demonstrados.
C. Existe ainda muita controvérsia sobre esse tema e a classe médica ainda não chegou a um consenso. Deste modo, estas práticas ainda não fazem parte dos protocolos médicos.
D. Duas das demais respostas estão corretas.
E. Nenhuma das demais respostas está correta.

25. Com quais mantras a metáfora do cisne pode ser associada?
A. Ela pode ser associada com os mantras HAṂSA, que significa cisne, e com o mantra OM NAMO NĀRĀYAṆĀYA, que representa a unificação dos dois pássaros no cisne.
B. Ela pode ser associada com os mantras HAṂSA, que significa cisne, e OM NAMAH SHIVAYA, que está representado pela metáfora da tartaruga.
C. A metáfora do cisne é independente dos mantras, simbolizando, na verdade, a mais antiga forma de meditação de que se tem conhecimento.
D. Há pelo menos duas alternativas corretas.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

26. Como se pode definir mindfulness?
A. A maneira mais fácil de definir "mindfulness" é afirmar que se trata de uma palavra diferente para "consciência". Mindfulness seria, portanto, o cultivo da capacidade prática de estarmos atentos e conscientes. Mindfulness representa a consciência que desperta quando prestamos atenção ao momento presente, sem julgamentos.
B. Mindfulness é a capacidade de julgar os nossos pensamentos e as possibilidades que temos de estarmos mais presentes na vida.
C. Mindfulness representa o tipo de meditação que ignora as influências do exterior, para que a mente possa vaguear livremente, sem nenhum tipo de prisão, para que o estado de felicidade possa surgir de dentro de nós mesmos.
D. Mindfulness significa a capacidade de esvaziar a mente até que todos os pensamentos cessem e a mente praticamente fique inativa.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

27. O que é Mindfulness? 
A. Mindfulness, diferentemente do que muitos acreditam, não significa “atenção plena”, mas a capacidade de se desligar do momento estressante do presente para mergulhar no infinito que reside em nosso próprio interior. Significa silenciar todos os órgãos dos sentidos até se ficar a sós consigo mesmo. 
B. Mindfulness é uma técnica de meditação, sem comprovação científica, desenvolvida para combater o stress. Nessa técnica, ficamos na postura do morto e simplesmente procuramos relaxar todo o nosso corpo, até que os nossos pensamentos se acalmem. Pensamos em cada parte do corpo estando relaxada e permanecemos assim por alguns minutos.
C. É uma técnica de meditação onde focamos em nossa experiência pessoal, na consciência sobre os sentimentos, pensamentos e sensações no momento presente, sem qualquer tipo de julgamento. Nesta técnica, de forma geral, nos concentramos em nossa respiração, isso permite que observemos os pensamentos e, pouco a pouco, paremos de lutar contra eles. Mindfulness pode ser definida como a atenção receptiva e a consciência dos eventos e experiência do presente. 
D. Duas das demais alternativas estão corretas.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

28. Quais os benefícios verificados pela ciência com a prática de mindfulness?
A. Redução de stress, regulação emocional, aumento de bem-estar psicológico e do potencial criativo.
B. Ainda não há evidências científicas dos benefícios de mindfulness.
C. Aparentemente, mindfulness funciona do mesmo modo que o efeito placebo. As melhorias verificadas em pacientes praticando mindfulness se mostram mais dependentes da fé, que dos protocolos de meditação.
D. Duas das demais alternativas estão corretas.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

29. O que é a Meditação Minuto?
A. Meditação Minuto é a meditação onde a pessoa se concentra no ponteiro dos segundos enquanto ele gira.
B. Meditação Minuto é o nome popular da meditação transcendental.
C. Duas das alternativas estão corretas.
D. Meditação Minuto é o nome da meditação proposta por Martin Boroson, que nos remete à filosofia do aqui e agora e nos mostra como meditar em qualquer lugar, a qualquer momento.
E. Meditação Minuto é uma técnica de meditação elaborada especialmente para os executivos que leram e adotaram o bestseller de gestão empresarial da década de oitenta, "Gerente Minuto".

30. O que é meditação segundo a Monja Coen?
A. Meditação é fazer o bem sem olhar a quem.
B. O olhar contemplativo da realidade objetiva, o olhar para fora.
C. Para a Monja Coen, meditar significa mergulhar naquela natureza interior que nos permite ver que Ser é inter-ser e que estamos todos interligados. Em meditação, a mente observa a própria mente.
D. Meditação é uma memória associada com sentimentos e emoções.
E. Todas as alternativas estão corretas.

31. Quais as principais diferenças entre a meditação transcendental e as demais, de modo geral?
A. A meditação transcendental não se vale de visualizações, ou de qualquer tipo de concentração. Não exige qualquer contemplação. Não temos que lutar contra os pensamentos, ou afastá-los da nossa mente. A sua ênfase é na prática de mantras.
B. Diferentemente das demais, a meditação transcendental não busca a fonte do pensamento. Por isto a sua ênfase é na prática de mantras, que nos leva a ignorar os pensamentos e a assumir a perspectiva dualista do aqui e agora do dvaita vedanta.
C. A meditação transcendental exige esforço e controle da mente. Por isto utiliza os mantras como auxílio nesse controle. Envolve certas crenças e dogmas, típicos do hinduísmo.
D. A principal diferença é que esta meditação não tem relação com a tradição védica e sim com tradição tântrica do Tibete, que vê a nossa mente como um oceano. Os mantras nos levariam para as profundezas do oceano. Só lá encontramos a paz, pois não há as ondas que perturbam a superfície.
E. Nenhuma das demais.

32. Como o mantra OM NAMO NĀRĀYAṆĀYA se relaciona com a arte e a ciência da meditação?
A. Esse mantra védico invoca a divindade das águas, protetora de todos os praticantes de meditação
B. Este mantra simboliza a arte e a ciência da meditação, expressa no diálogo entre Krishna e Arjuna na Bhagavad Gītā.
C. Na Bhagavad Gītā Arjuna fez uso desse mantra para entrar em meditação.
D. Krishna formulou esse mantra especialmente para Arjuna ter sucesso na meditação.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

33. Qual é o mantra que representa uma onomatopeia do processo de respiração?
A. O mantra Sākśī, utilizado pelos monges do Tibete.
B. O mantra AUM, o som primordial, está presente em todos nós como o alento vital.
C. O Dhyāna Mantra “Haṃ-sa” exprime o ideal de fazer do próprio ato de respirar uma meditação.
D. Nenhuma das alternativas está correta.
E. A respiração está relacionada com a ciência do prāṇāyama, não dos mantras. Logo, não há relação.

34. O que é a Bhagavad Gītā?
A. A Gītā representa a reportagem feita ao rei no palácio, em tempo real, dos fatos que se passam no campo de batalha, instantes antes do início da batalha final do Mahābhārata.
B. A Gītā é o manual de meditação zen budista mais utilizado pelos praticantes de mindfulness.
C. A Gītā é um texto épico que descreve como o Senhor Buda alcançou a iluminação em meditação.
D. A Gītā é o texto do hinduísmo que apresenta a crítica feita pelo Senhor Krishna aos praticantes de meditação budista.
E. Todas as demais respostas estão corretas.

35. O que é a meditação segundo Osho?
A. Meditação é algo complexo. Ocorre com a mente em estado ativo, quando se consegue fazer tudo ao mesmo tempo.
B. Meditação é aquilo que te permite silenciar interiormente, mesmo no dia-a-dia da vida. O estado de meditação ocorre quando você não está fazendo nada, de corpo e mente. Todas as atividades cessam e você apenas é. É a testemunha.
C. Pensar e contemplar são formas de ação sutil que exprimem a meditação.
D. A meditação é a compreensão de que somos aquele que age e que tem sempre muitos pensamentos passando na mente.
E. Meditação é a perda do seu centramento.

36. Quais são os oito passos da disciplina óctupla (aṣṭāṅga) dos Yoga Sūtras de Patanjali?

A. São eles:
  1. Yamas: as cinco restrições morais;
  2. Niyamas: as cinco prescrições;
  3. Āsanas: as posturas. Significa tomar o assento do Ser;
  4. Prāṇāyāma; a consciência do alento vital, ou da imanência do Sopro Divino;
  5. Pratyāhāra; a inversão do modo de se alimentar/funcionar pelos cinco sentidos e a mente (do saṃsāra para o nirvāṇa);
  6. Dhāraṇā:  concentração e foco;
  7. Dhyāna:  Meditação; e
  8. Samādhi. Êxtase místico.
B. São eles:
  1. O ponto de vista correto;
  2. O pensamento correto;
  3. A linguagem correta;
  4. A ação correta;
  5. O modo de vida correto;
  6. O esforço correto;
  7. A atenção plena; e
  8. O transe místico correto (Samādhi).
C. Não há uma definição clara de passos no Yoga de Patanjali. Daí decorre o sucesso do seu método que pode se adequar, tanto às comunidades laicas, como religiosas. Nesse sistema a relação de mestre e discípulo é fundamental para o estabelecimento de uma prática personalizada. O guru indica ao discípulo os novos passos à medida em que este avança no caminho.

D. Pelo menos duas das demais alternativas estão corretas.

E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

37. Quais os pré-requisitos para que a prática de meditação seja bem-sucedida?
A. Não há nenhum pré-requisito. Esta é a grande vantagem da meditação laica, que produz resultados confirmados cientificamente, sem a necessidade de nos comprometermos, ou de nos envolvermos com qualquer disciplina.
B. Há quatro passos muito bem estabelecidos nas distintas tradições: (1) o correto pensar; (2) a correta conduta; (3) a correta interpretação e satisfação dos desejos; e (4) a correta dieta alimentar.
C. Tudo é relativo. Cada caso é um caso e cada um sabe como conduzir a si próprio para ter êxito nas práticas de meditação. 
D. São muitos, mas eles podem ser resumidos alguns pontos principais, por exemplo: (1) o compromisso diário com a disciplina, por meio de uma vontade firme e forte; (2)  a determinação de dar o melhor de si, buscando sempre o equilíbrio e o sentimento de paz e amor; (3) ante qualquer imprevisto, demonstrar a capacidade de reiniciar (levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima); (4) entregar-se de corpo e alma à sua disciplina, vencendo qualquer circunstância inibidora ao cumprimento da disciplina; e (5) não se esquecer jamais de ser grato pela oportunidade de poder estabelecer e cumprir a sua jornada diária.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

38. Como você analisa a seguinte afirmação: para a Profa. Cecília de Mello e Souza, é possível falar em meditação judaica, meditação cristã etc., mas não devemos jamais reduzir a meditação a uma mera prática laica.
A. A afirmação é verdadeira.
B. A afirmação é falsa e a prática do centramento, que ela utiliza, é uma prova disto.
C. Embora verdadeira, a Profa. Cecília entende que a meditação laica pode ser um instrumento auxiliar e preparatório para a meditação judaica, cristã, etc.
D. Duas das demais alternativas são verdadeiras.
E. Nenhuma das demais alternativas é verdadeira.

39. Como o Prof. Tiago relaciona, por meio da ciência, as emoções e  as práticas de meditação?
A. Ansiedade, estresse, muitos dos transtornos mentais, tem como base uma perturbação emocional e podem ser reguladas, não só de forma farmacológica, mas também pela meditação e pelas técnicas de respiração.
B. A neurociência vai passo a passo e ainda não mostrou que os resultados defendidos pelos praticantes de meditação são, de fato, concretos.
C. Por ser um praticante de meditação, o Prof. Tiago é otimista, mas cauteloso com relação à possibilidade da neurociência provar cientificamente os seus resultados. 
D. O budismo e o yoga possibilitaram que a meditação fosse estudada pela neurociência, mas os resultados ainda não são conclusivos.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

40. O que são os protocolos da compaixão?
A. Mindfulness e compaixão estão interligados com as duas asas de um pássaro, mas programas de mindfulness não necessariamente envolvem o componente da compaixão. Daí os protocolos de compaixão, que complementam a prática de mindfulness, ou atenção plena. Esses protocolos envolvem o sentimento que surge ao se presenciar o sofrimento do outro ou de si próprio e que desperta o desejo de ajudar o próximo.
B. Os protocolos da compaixão fazem parte da meditação religiosa, budista. O mindfulness nasce de maneira laica, desvinculando-se de tais protocolos.
C. Na verdade, "protocolos da compaixão" nada mais é que uma expressão técnica, utilizada pela medicina,  para "mindfulness".
D. Os protocolos da compaixão representam experimentos controlados, realizados em laboratórios dirigidos por neurocientistas, para determinar a eficácia de mindfulness na redução do stress e da dor.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

41. Como se caracteriza o olhar meditativo segundo a filosofia do Heartfulness?
A. Um olhar fixo em imagens religiosas.
B. A substituição da fé por racionalidade.
C. Um olhar que flui do coração à consciência.
D. A introversão como repressão.
E. O esforço de silenciar todos os pensamentos.

42. Quem desenvolveu o programa de redução de stress baseado em mindfulness?
A. Marcelo Demarzo
B. Osho
C. Patanjali
D. Monja Coen
E. Jon Kabat-Zinn

43. A śraddhā-vṛtti é definida no texto como:
A. Uma crença dogmática.
B. Uma disposição flutuante da fé cega.
C. A vibração da confiança alinhada ao dharma.
D. A dúvida que se supera pela lógica.
E. Um movimento mental de dúvida e esperança.

44. Quais são os dois eixos complementares da śraddhā-vṛtti apresentados no texto?
A. Dualismo e monismo.
B. Fé e esperança.
C. Devoção e inteligência.
D. Saṃkalpa e Upasthāna.
E. Sattva e Tamas.

45. O que são os Vedas?
A. Os Vedas constituem as Escrituras Sagradas da Índia. Textos antiquíssimos, que tratam de yoga, dos rudimentos da meditação, de mantras e de rituais religiosos.
B. Os Vedas são textos budistas que tratam de mindfulness.
C. Os Vedas são textos de filosofia que discutem os discursos do Senhor Buda.
D. Nenhuma das alternativas está correta.
E. Duas das demais alternativas estão corretas.

46. O que representa a canção "Coração Tranquilo", de Walter Franco?
A. Representa, provavelmente, o primeiro mantra brasileiro: "tudo é uma questão de manter a espinha ereta, a mente quieta e o coração tranquilo".
B. Esta canção foi associada com o regime militar e por isto, contestada pelo tropicalismo, que representou a contracultura no Brasil.
C. A canção é um protesto contra a falta de liberdade de culto e de tolerância religiosa.
D. Nenhuma das alternativas está correta.
E. Duas das demais questões estão corretas.

47. O que pensa Chico Xavier, o representante do kardecismo cristão, sobre o yoga?
A. A doutrina do yoga é contrária ao cristianismo.
B. O yoga é maléfico porque incute a doutrina relativista e o politeísmo.
C. O yoga é algo divino, a benção mais preciosa que desceu do céu para o nosso benefício; auxilia, inclusive, na compreensão profunda dos ensinamentos cristãos.
D. O yoga afasta o cristão do caminho porque estimula tanto o ateísmo como a idolatria.
E. Nenhuma das alternativas está correta.

48. Como você entende a afirmação "yoga é maestria sobre todas as ações"?
A. Esta afirmação procura fazer a distinção entre o que é meditação budista e a meditação hinduísta. 
B. Esta afirmação da Bhagavad Gītā mostra o compromisso que se espera dos praticantes de meditação.
C. Krishna critica esta afirmação de Arjuna, mostrando que ele não sabia ainda o que era a meditação.
D. Esta afirmação budista procura distinguir mindfulness da meditação transcendental.
E. Nenhuma das demais alternativas está correta.

49. Quais são os três grandes pilares do Zazen e qual o seu objetivo?
A. Os três pilares são: (1) a postura correta (sentar-se em uma posição estável e ereta, com as pernas cruzadas em lótus completo ou meio lótus, as costas retas, o queixo levemente recolhido, as mãos em mudra cósmico e os olhos semiabertos; (2) a respiração consciente, concentrando-se na sensação do ar entrando e saindo pelas narinas, de modo a acalmar a mente e o fluxo de pensamentos; e (3) a mente silenciosa e desperta, sem apego aos pensamentos emoções, que surgem e desaparecem. O objetivo do Zazen é sentar e deixar que os pensamentos fluam de modo livre, sem nos preocuparmos com a sua natureza. Zazen se dá no aqui e agora simplesmente.
B. Os três pilares são: a metáfora dos dois pássaros, da carruagem e da tartaruga. O objetivo do Zazen é sentar e deixar que os pensamentos fluam de modo livre, sem nos preocuparmos com a sua natureza. Zazen se dá no aqui e agora simplesmente. 
C. Os três pilares são: a metáfora dos dois pássaros, do cisne e da carruagem. O objetivo do Zazen é sentar e deixar que os pensamentos fluam de modo livre, sem nos preocuparmos com a sua natureza. Zazen se dá no aqui e agora simplesmente.
D. Os três pilares são: o silêncio, a imobilidade e a respiração. O Zazen não tem objetivo nenhum, a não ser nos conscientizar da natureza eterna do Ser, o Ātman.
E. Nenhuma das demais.

50. O que significa Zazen? Qual a origem da palavra “zen”?
A. “Zazen” significa “meditação laica”, com o foco no aqui e agora e com atenção plena ao momento presente. “Za” significa “laica” e “zen”, meditação.
B. “Zazen” significa “pêndulo” em referência o movimento pendular, que caracteriza o início da prática. “Zen” é apenas uma abreviação de Zazen. 
C. “Zazen” significa “meditar” enquanto se caminha, com o foco no aqui e agora e com atenção plena ao momento presente. “Zen” significa “acalmar e tranquilizar a mente”.
D. “Za” significa sentar-ser e “zen” refere-se ao estado de meditação. A palavra “zen” deriva da palavra sânscrita “dhyāna”, meditação. A meditação, dhyāna, alcançou a China e da China, chegou ao Japão. 
E. Nenhuma das demais.

51. No contexto do Śraddhā Yoga, a respiração é compreendida como:
A. Um simples processo biológico.
B. Uma forma de controlar os sentidos.
C. Um mantra em movimento que une micro e macrocosmo.
D. Um ritual de limpeza física.
E. Um obstáculo à iluminação.

52. Quais divindades compõem a Trimūrti invocada simbolicamente na respiração?
A. Gāyatrī, Lakṣmī e Sarasvatī.
B. Indra, Agni e Varuṇa.
C. Brahmā, Viṣṇu e Śiva.
D. Kṛṣṇa, Buddha e Jesus.
E. Śakti, Haṁsa e Soma.

53. O que representa o Haṁsa no contexto da Meditação Viva?
A. O sopro que liga ātman ao Paramātman.
B. Um animal mitológico de força.
C. O símbolo do instinto primal.
D. Uma técnica de retenção respiratória.
E. Um mantra de origem tibetana.

54. Quando a respiração é percebida como Haṁ–Sa, o que se manifesta no praticante?
A. A lembrança da infância.
B. O rompimento com o mundo externo.
C. A escuta do Ser que habita o coração.
D. A energia reptiliana.
E. A separação entre corpo e mente.

55. Como o Śraddhā Yoga interpreta o amor?
A. Como um sentimento subjetivo de devoção.
B. Como renúncia ao mundo e seus prazeres.
C. Como paixão divina inspirada nos textos védicos.
D. Como uma emoção instável e perigosa.
E. Como ação lúcida, não passional, sintonizada ao dharma.

56. Segundo o texto, o gesto de Arjuna ao empunhar o arco novamente simboliza:
A. Sua submissão a Kṛṣṇa.
B. A vitória do ego sobre o medo.
C. O desejo de vingança contra os oponentes.
D. O despertar da compaixão ativa baseada em śraddhā.
E. A negação do caminho da renúncia.

57. Qual é a principal distinção feita entre Édipo e Arjuna na apostila?
A. Édipo representa o inconsciente, Arjuna representa o dever.
B. Arjuna atua a partir da escuta do dharma; Édipo do instinto trágico.
C. Édipo é símbolo da redenção; Arjuna da danação.
D. Ambos rejeitam o sofrimento como revelação.
E. Arjuna e Édipo expressam a mesma estrutura de herói mítico.

58. Como a tragédia e o épico são associados à meditação?
A. Como narrativas que revelam a ilusão da realidade.
B. Como estruturas que simbolizam o despertar para a consciência.
C. Como formas artísticas que evitam a ação.
D. Como meras metáforas poéticas sem ligação prática.
E. Como expressões opostas à disciplina yogīca.

59. Qual é o ponto de contato entre a meditação cristã e o Śraddhā Yoga?
A. O uso de imagens sagradas.
B. A devoção à Virgem Maria.
C. A fé baseada em dogmas.
D. A prática de retiros monásticos.
E. A invocação silenciosa do Nome como retorno ao coração.

60. Como o “Nome” é compreendido na prática da oração do coração?
A. Como elemento mágico.
B. Como símbolo de submissão à Igreja.
C. Como vibração que reconecta o orante à Presença divina.
D. Como mantra de exclusão espiritual.
E. Como palavra ritual para exorcismos.

GABARITO DO QUESTIONÁRIO