(Ṛtadhvanī–Bhāṣya)
O tempo não é linha. Não é extensão. Não é sequência de instantes empilhados como contas de um rosário mecânico. O tempo, visto a partir do coração, não é medida — é escala. É o modo como a consciência respira.
Nota sobre Philip K. Dick e o tempo ortogonal
O escritor Philip K. Dick intuiu algo profundamente distinto do tempo linear: um “tempo ortogonal”, perpendicular à cronologia, onde passado, presente e futuro coexistem simultaneamente. Não como um mero acervo de registros, mas como uma dimensão viva do Ser.
Essa visão influenciou toda a contracultura ocidental justamente porque apontava para o que a física mecanicista não podia compreender: que o tempo pode ser não-extensional.
Contudo, no Śraddhā Yoga vamos além: aquilo que PKD chamou de “tempo ortogonal” não é um repositório de eventos, mas a sombra cultural de uma realidade mais alta — Kāla, o tempo absoluto.









